Maior e mais usado buscador no mundo, o Google é responsável por apresentar as respostas para as dúvidas dos mais diversos temas a bilhões de usuários na internet. Isso inclui questionamentos simples e diretos relacionados ao clima na região, à música mais tocada, à capital de um país, às notícias do dia e, também, indagações mais complexas, como: o modo de consertar um determinado eletrodoméstico ou, ainda, como economizar para viajar para o exterior.
O segundo tipo de questão costuma levar mais tempo para que a pessoa encontre a resposta desejada. De acordo com o Search On, evento do Google, os usuários fazem, em média, oito pesquisas antes de encontrar a solução para a pergunta realizada. Entretanto, as recentes inovações em inteligência artificial (IA) estão otimizando essas buscas e facilitando tal processo.
Mudanças no entendimento de busca
Para agilizar os resultados das pesquisas complexas e ser o mais assertivo possível nas respostas cedidas, a empresa bilionária lançou, há cerca de um ano, o Modelo Unificado de Multitarefa (MUM). A tecnologia em questão é uma evolução do tradicional buscador da companhia e consiste num tipo de IA multimodal, que compreende diferentes formatos de informação simultaneamente, seja texto, vídeo ou imagem.
A plataforma é adaptada para 75 idiomas e consegue entregar resultados de buscas em fontes com línguas diferentes da qual o usuário pesquisou originalmente. Isso permite uma melhor e mais completa entrega de respostas. E, ainda, usando o MUM, o Google pode exibir tópicos relacionados ao tema pesquisado, aumentando a quantidade de informações fornecidas sobre o assunto.
Novas formas de anunciar
Conforme as mudanças na plataforma acontecem, os anunciantes precisam estar atentos para acompanharem e se adequarem a fim de que os serviços publicados apareçam nas buscas dos usuários. Os recursos de pesquisa estão atualizados e as marcas estão buscando a automação como alternativa para fazer campanhas de publicidade de busca no Google.
Gustavo Coelho, fundador da GooEx e especialista em Google Ads, em sua apresentação recente no Conecta Varejo 2022 reforçou que: “Anúncio na internet é uma construção e não uma troca de moeda. Trata-se de uma estratégia e não um jogo de sorte ou azar. Por isso, é fundamental aprender a usar as ferramentas à disposição e fazer testes para ver o melhor resultado. Se você não entender que anunciar é um investimento, vai desistir”.
O Google fatura 140 bilhões de dólares por ano em anúncios e tem cerca de 3,5 bilhões de pesquisas por dia, uma estimativa de 100 bilhões por mês, de acordo com o especialista. “O cliente que acessa o Google para buscar um produto ou serviço, já sabe o que quer. Ele chega com o nível de consciência máximo, só está pesquisando quem é que vai vender para ele”, explicou Coelho.
Além da forma habitual de mecanismo de busca, a companhia também oferece anúncios através do Google Display. “A rede de display do Google disponibiliza anúncios com banners em sites parceiros da empresa. Você anuncia com banners e eles aparecem em 3 milhões de site, atingindo 90% dos usuários da internet. Ela é diferente da rede de pesquisa, pois ela leva o cliente em potencial no nível de inconsciência para o nível de consciência. É a oportunidade de aparecer para pessoas que estão em determinados momentos da vida, como quem está buscando produtos para casamento, para a casa nova ou para decorar o quarto de um bebê. A rede de display oferece baixa concorrência e fortalece a presença de marca”, conclui.
Outra mudança importante foi a implementação do Google Page Experience, que proporcionou uma alteração no algoritmo do Google e passou a priorizar os sites capazes de oferecerem a melhor experiência para o usuário, como velocidade de carregamento, interatividade e estabilidade visual.
E, para fortalecer essa experiência do cliente, a relação entre marca e consumidor precisa ser consolidada. A comunicação é uma grande aliada para as vendas do varejo nesse momento e uma forma de unir os dois lados. A pandemia da COVID-19 demandou uma maior presença de tecnologia nas empresas e, apesar de ter afastado por um período os clientes das lojas físicas, possibilitou a aproximação virtual com os clientes. Portanto, é preciso que os anunciantes aliem a necessidade de adaptação às mudanças do mecanismo de busca do Google com a melhor experiência do cliente para atingir bons resultados.
