Você já deve ter ouvido falar no café fake, não é mesmo? Com o aumento no preço da bebida nos últimos meses, os produtos intitulados “à base de café” ou “mistura sabor café” surgiram no mercado como alternativas mais baratas para os consumidores. Mas, será que eles são realmente seguros para consumo?
A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) alerta que os itens denominados cafés fakes ou cafakes não seguem os padrões estabelecidos e são de qualidade duvidosa, portanto, podem representar uma fraude.
E, para ajudar os clientes no momento da compra, um conteúdo foi produzido para a coluna da ABIC na Exame. Confira a seguir!
O que é o café fake?
Para ser considerado café, o produto precisa ter em sua composição, exclusivamente, café. Se tiver outros ingredientes como polpa de café, fique em alerta, pois na verdade a composição é, basicamente, com impurezas como cascas, folhas, palhas e outros resíduos da lavoura, em vez do grão puro do café. Muitas vezes, o café fake é comercializado em embalagens visualmente semelhantes às de marcas tradicionais, o que pode confundir o cliente.
Segundo Pavel Cardoso, Presidente da ABIC, o café fake “é tudo aquilo que não é café”. O que entendemos e chamamos de café, que dá base à segunda bebida mais consumida no mundo, é derivado do fruto “café”. A partir dele, a indústria faz a torra, a moagem e o empacotamento.
O executivo alerta o consumidor para que ele leia o rótulo e se certifique de que o único ingrediente é café. A legislação federal já trata do tema. Não existe, por exemplo, café de cevada ou café de milho. Ou pó para preparo de bebida à base de café. Como tais produtos não possuem certificação, podem representar um risco à saúde das pessoas que os consomem.
Dicas para o consumidor se proteger
Com o objetivo de evitar cair em fraudes, os clientes devem adotar algumas medidas ao adquirir café. Confira a seguir:
- Verifique a certificação: observe se a embalagem do produto possui o Selo da ABIC. Ele garante que o café passou por rigorosos controles de qualidade e pureza;
- Uitilize o aplicativo ABICafé ou faça a leitura do QR Code: ao escanear o código de barras da embalagem, verifique se o café é certificado e em qual estilo/categoria se enquadra (tradicional, superior, extraforte, gourmet ou especial), verifique as características do alimento;
- Tenha atenção ao preço: produtos com valores muito abaixo da média praticada no mercado podem ser indicativos de fraude. Embora o preço do café tenha aumentado, é importante desconfiar de ofertas com preços excessivamente baixos e marcas desconhecidas;
- Leia atentamente o rótulo: termos como “bebida à base de café” ou “pó sabor café” podem indicar que o produto não é composto exclusivamente por grãos de café. Esses itens não possuem categoria específica e podem conter impurezas, portanto, são considerados cafés fakes.
Por fim, a ABIC reforça que a prática de comercializar café fake prejudica não apenas os consumidores, mas toda a cadeia produtiva do setor. Sendo assim, é fundamental a atenção das pessoas para garantirem a qualidade do produto que levam para as suas mesas.