Varejo em 2022: confira as tendências que surgem no setor

Com o crescimento das compras digitais, varejista precisa criar estratégias para se destacar no mercado
Tendências no varejo em 2022

Nos últimos anos foi possível notar uma grande mudança no consumo dos brasileiros. Durante a pandemia da Covid-19, as compras on-line cresceram consideravelmente e se tornaram preferência entre muitos consumidores. Em 2022, essas novidades apresentam outras tendências para o setor varejista, que precisa se adaptar visando alcanças vendas positivas.

O Brasil, de acordo com o estudo feito pela Kantar Consultoria, empresa líder em pesquisas e análises de dados, foi o país da América Latina que registrou o maior aumento nas compras pela internet durante o período de isolamento, ocasionado pela pandemia. O crescimento chegou a 30% e foi acima da média dos latinos americanos, que se manteve em 24%.

Para os especialistas, dentro dos comércios digitais, o vendedor surge com um papel diferente de como é feito em outros modelos de venda. A partir de agora, ele é um embaixador da marca que, de acordo com Marcelo Reis, especialista em gestão comercial e vendas, precisará investir na venda consultiva e operar como autoridade nas redes sociais. “O cliente já mudou. Agora, ele pesquisa, ou seja, entende o que quer. Se o vendedor não for bom o suficiente para saber mais do que o consumidor sobre o produto e ter bons argumentos de fechamento, provavelmente ele não concluirá a venda”, comenta o especialista.

Varejo hiperlocal ganha força

Um fator que dificulta a venda pela internet é a concorrência, já que deixam de existir barreiras de espaço para realizar uma compra. A presença das grandes empresas internacionais, como Shopee e Amazon contribuem, também, para tornar o varejo ainda mais competitivo. O especialista em gestão comercial vê o diferencial competitivo como estratégia no contorno dessas situações. “Grandes varejistas multinacionais possuem como marca registrada o preço e a agilidade na entrega, mas podem não obter, muitas das vezes, o apelo mais regional, ou seja, mais próximo do cliente”, explica Reis.    

É preciso que a relação entre o público-alvo e as marcas seja forte e consolidada, para garantir a fidelidade na hora da compra. “Empresas locais precisam apostar em estreitar laços com os consumidores, participar de comunidades, sejam elas virtuais ou presenciais e negociar bem com os seus fornecedores. Afinal, o cliente busca o preço mais adequado, então é preciso manter seus valores próximos às margens das grandes corporações”, completa o executivo. Na visão dele, o varejo precisa entender o consumidor e, também, deve investir em estratégias de aproximação do cliente com o comércio. “Clubes de recompensa, cashback e outras formas de inclusão do comprador à empresa ajudam bastante. Porém, o mais importante é definir bem qual a persona da marca e fazer com que as pessoas se sintam parte dela”, acrescenta.

Retorno do crescimento do comércio físico

Com o avanço da vacinação, o público voltou a frequentar as lojas físicas. No entanto, a interação entre o digital e o físico, conhecido como “figital”, tem sido o foco de diversas empresas no varejo, que investem de forma ostensiva nesse tipo de modalidade. “A junção dos dois é cada vez mais clara com o barateamento das tecnologias de realidade aumentada e virtual. A chegada da rede 5G permitirá que os consumidores vivam uma experiência muito mais imersiva. Poder estar preparado para a venda no mundo físico ou virtual ajudará no posicionamento e na agilidade das empresas”, afirma o executivo.

É necessário que o varejista, mais do que nunca, esteja atento às novidades do setor a fim de garantir que a prospecção com os clientes continue crescendo neste ano e nos próximos. Somente assim será possível alavancar uma evolução dentro do mercado.