Em um ambiente de trabalho cheio de desafios e transformações aceleradas, identificar o protagonismo profissional é cada vez mais necessário para que o indivíduo não se sinta perdido na carreira. E, naturalmente, o profissional que alcança esse nível, sabe claramente qual o seu propósito e onde quer chegar.
Uma sociedade composta por indivíduos que detém autoconhecimento, visão e proatividade, atitude e senso de responsabilidade, que possuem a capacidade de trabalhar com o que se gosta e usam a criatividade para alcançar novas metas e, que elas tenham impacto na transformação da sociedade, fazem parte da chamada Nação Protagonista, explica a especialista em transformação profissional, Claudia Klein.
Para a especialista, as pessoas passaram a perceber no trabalho o poder genuíno de conquistar a realização pessoal, ao mesmo tempo em que percebem sua contribuição para a transformação da sociedade.
“O propósito de cada um pode ser explicado como uma intenção, algo que representa uma oportunidade de viver em linha com o que acredita, com valores, com aquilo que proporciona realização. Ao reconhecerem essa correlação, as pessoas se autorresponsabilizam por buscar o desenvolvimento de competências essenciais como o autoconhecimento, comunicação, criatividade e influência e por, continuamente, gerar alternativas em um contexto tão mutante e imprevisível como é o mundo hoje”.
Estruturas organizacionais achatadas gera transformação de responsabilidades
O profissional autogerenciado tornou-se essencial à medida em que as estruturas organizacionais se achataram e, ao mesmo tempo, as oportunidades profissionais se diversificaram. “A partir desse momento é possível observar um movimento de transferência de boa parte da responsabilidade pela gestão de carreira do empregador para o trabalhador”, comenta Claudia.
A nação protagonista contribui para a diversificação do conceito de trabalho, para a formação de profissionais mais independentes e confiantes que exercem o poder da escolha. Assim, são mais felizes, produzem mais e contribuem para relações de trabalho mais saudáveis e para um mercado mais dinâmico.
Para a especialista, a conjuntura e a falta de medidas estruturantes amplifica o desafio para a diversificação do conceito de trabalho para a formação de profissionais mais independentes e confiantes que exercem o poder da escolha. “Como protagonista, creio que não se trata da velocidade com que chegaremos lá, mas de acreditar profundamente e de seguir em frente, sempre”, completa.
Para quem deseja assumir o papel de protagonista da sua trajetória profissional e fazer parte de uma nação, Claudia Klein preparou algumas estratégias:
- Aceite que o principal responsável pela construção de uma carreira com significado, independentemente do ambiente e dos outros é você mesmo;
- Mantenha um plano de ação como referência, permitindo espaço para o acaso, mas sem deixar para a vida a responsabilidade de te conduzir;
- Amplie sua autopercepção. Invista tempo e energia para conhecer mais sobre você. O que gosta e o que não gosta, algo que saiba executar muito bem, uma característica que te diferencie, e em quais situações você melhor reage e melhor desempenha;
- Invista no desenvolvimento contínuo das atitudes que todo protagonista deve ter: autoconhecimento, criatividade, habilidade de relacionamento e capacidade de aprender;
- Valorize sua história de vida, seus sucessos e fracassos. E tenha em mente que é possível transformar derrotas em novas oportunidades;
- Aceite que não existe uma receita instantânea para o seu sucesso busque alternativas para seguir em frente e obter bons resultados.