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Especialista analisa causas do sucesso e da evolução do Pix, a ferramenta do momento (Imagem: Freepik)

Pix se consolida como o método bancário preferido dos brasileiros

O Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil, tem sido um grande sucesso desde o seu lançamento em novembro de 2020. Com a possibilidade de transferências rápidas, seguras e sem custos, a ferramenta conquistou a preferência dos consumidores e se consolidou como uma das principais formas de transações bancárias do país. 

Recentemente, o Banco Central (BC) divulgou dados que comprovam a preferência: no dia 6 de abril deste ano, foram realizadas 122,4 milhões de operações de transferências e pagamentos em todo o país, um montante de R$ 62,8 bilhões foi transferido via Pix. Mundialmente, ele é a segunda forma de pagamento instantânea mais usada. O Brasil, segundo o BC, perde somente para a Índia em transferências em tempo real. Ainda conforme a organização, no período de 16 de novembro de 2020 até 30 de setembro de 2022, ocorreram 26 bilhões de transações com Pix no sistema nacional. No total, os valores movimentados chegaram a R$ 12,9 trilhões.

De acordo com Marcelo Reis, especialista em vendas, gestão empresarial e CEO da MR16, o sucesso se deve a fácil adesão dos brasileiros a tecnologias: “O Brasil é um dos países onde mais se utiliza o celular, tanto de forma pessoal quanto profissional. Além disso, o Pix traz agilidade e segurança nas transações, algo que não tínhamos com DOC, TED e dinheiro físico”.

Reis aponta, ainda, a mudança que a modalidade trouxe para a compra e a venda de produtos: “Se uma pessoa quisesse adquirir um item na loja física, e não tivesse dinheiro para realizar uma compra à vista, visando um desconto, ela teria de ir a um caixa eletrônico sacar o dinheiro. Hoje, não existe mais essa necessidade, ela pode fazer a transferência na hora, e receber os mesmos benefícios do pagamento em espécie”.

Na visão do especialista, o Pix pode ser um precursor de moedas digitais, onde algumas empresas e federações criarão suas próprias moedas, atreladas à ferramenta, e oferecerão uma série de vantagens para seu uso.

Pix traz mudanças para o varejo

O varejo precisou se adaptar à nova realidade. De acordo com Reis, a modalidade se tornou útil para os lojistas conseguirem vender: “atualmente, o vendedor pode convencer mais facilmente um cliente à compra, pois não há necessidade do dinheiro em espécie. Essa facilidade é um argumento a mais. Isso, no entanto, também pede uma agilidade do varejista, que deve entregar o produto na hora, e não um ou dois dias depois”.

Para compras on-line, a ferramenta representa, também, segurança, pois evita o risco do consumidor de ter seus dados clonados, um medo recorrente ao   utilizar cartões de crédito, por exemplo: “As chaves aleatórias, o copia e cola, oferecem uma confiança que aquelas informações não serão copiadas”, declara o especialista.