Fala-se muito em incontinência urinária, mas o que é? A doença é definida, pela Sociedade Internacional de Continência, como a perda frequente e involuntária de urina por qualquer esforço, ou seja, ao tossir, ao espirrar, ao pular ou ao pegar qualquer peso. A incidência é maior em mulheres do que homens. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, SBU, 7% das mulheres entre 20 a 39 anos têm incontinência. Dos 40 aos 59 anos, 17% relatam episódios; entre os 60 aos 79 são 23%, já acima dos 80 são 32%.
Problema afasta as mulheres da vida social
A incontinência não é apenas um problema físico, mas também afeta o emocional da mulher. Por vezes, ela se afasta de suas tarefas diárias, deixa de sair ou de dançar, por receio de ter algum escape de xixi.
A idade ainda continua sendo um agravante, porém não é determinante, visto que cada vez mais jovens têm relatado o problema. Um médico ginecologista é o profissional mais indicado para o tratamento, que poderá avaliar qual a causa específica e tratá-la corretamente. Existem diversos desencadeadores, como a genética, questões hormonais, obesidade, tabagismo, lesões medulares, tipos e quantidade de partos, além dos problemas emocionais.
Exercícios fortalecem a musculatura
É necessário ter um estilo de vida saudável para ajudar a prevenir o incômodo. Para a ginecologista estética Tereza Machado, as mulheres poderiam evitar este problema com atividade física. “Eu vejo uma mulher malhando muito, mas ela não faz nenhum exercício para o assoalho pélvico”, explica.
A ginecologista alerta sobre o excesso de peso nas academias. “Tem seu lado positivo e tem seu lado negativo. Se você não fizer um bom trabalho de contratura dessa região (assoalho pélvico), acaba gerando uma pressão intra-abdominal e, assim, tendo perda urinária”.
O tratamento
Atualmente existem diferentes formas de tratamento, cirúrgicos e não cirúrgicos. A abordagem cirúrgica inclui a técnica de colpossuspensão laparoscópica ou o sling sintético. Já a não cirúrgica, de acordo com a SBU, é composta por terapêutica comportamental, treinamento muscular do assoalho pélvico, biofeedback, estimulação elétrica, entre outras frentes de atuação.
Hoje, com o avanço da tecnologia, já é possível tratar a incontinência urinária em um consultório médico. Ginecologistas estéticos oferecem procedimentos não invasivos e indolores, com duração de até 12 sessões. Para a ginecologista Tereza Machado, a revitalização da vulva e o rejuvenescimento vaginal são os recursos mais indicados.