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Fórum discute empregabilidade e mudanças no mercado

Com o objetivo de discutir sobre empregabilidade e mudanças no mercado, as empreendedoras e sócias da UP&UP Consultoria, Jacqueline Accioly, Alessandra Fattori e Cláudia Alvarenga, realizaram o 1º Fórum Anual UP&UP Conecta – Carreiras e Negócios – com questionamentos sobre “Qual é o próximo passo? Transformação! Constantes Mudanças! Gestão Inovadora… Desafios atuais e futuros!”.

Para tratar dos assuntos, estiveram presentes: Roberto Aylmer, Maurício Luz Farakian, Luís Eduardo Ribeiro, Patrícia Nicieza, Beatriz Belfort, Luciana Boschi, Leyla Nascimento, Leonardo Figueiredo Almeida, Marco Guanaes, Rafael Ponzi e Vera Lorenzo.

O dia começou com a introdução do Diretor Executivo da LELO – Logística e Operações – e Fundador do Clube da Supply Chain, Luís Eduardo, que falou sobre a velocidade das transformações advindas da tecnologia e como ela torna as relações e o desenvolvimento das empresas mais voláteis. Com isso, novas competências são necessárias por parte dos colaboradores para acompanhar o ritmo das exigências dessa nova dinâmica de mercado. Luís Eduardo reforçou ainda que, essas transformações não são advindas de uma crise econômica e, sim, de mudanças inevitáveis e que é preciso um entendimento de que o principal para o sucesso em meio às incertezas é o foco em pessoas, em construir relações humanas verdadeiras.

A primeira palestra, com o tema: “Mindset – a próxima fronteira da liderança”, ministrada por Roberto Aylmer, professor internacional da Dom Cabral, trouxe reflexões acerca da cultura das organizações enquanto a responsável pelo comportamento das pessoas dentro das empresas. O professor mostrou como entender as pessoas e suas atitudes auxilia na compreensão de onde o sistema da organização pode estar falhando, uma vez que a cultura e a liderança se manifestam nos liderados e que estes, por sua vez, fazem parte de um contexto. Sendo assim, para que a mudança seja realmente eficaz, é necessário que ela aconteça no sistema a partir do entendimento da causa raiz do problema, já que o ser humano, por si só, em muitos momentos, deseja melhorias e não mudanças reais.

Complementar ao conteúdo trazido por Roberto Aylmer, o sócio diretor da Tremn, Maurício Luz Farakian, apresentou os “Sete Princípios para a Nova Era – O Novo Paradigma para a Prosperidade”. A temática passou por toda uma análise da consciência humana, mostrando os estímulos ao consumo e à maneira de pensar do homem durante a Revolução Industrial e a necessidade de se alcançar um novo nível de atenção sobre a realidade na qual estamos inseridas.

O período da manhã ainda contou com um bate-papo facilitado pela Leyla Nascimento, primeira mulher latina a assumir a presidência da Federação Internacional de Recursos Humanos e, também com a palestra da Patrícia Nicieza, ex-Avianca, tendo sido a primeira mulher a assumir a Diretoria de RH da companhia aérea.

O bate-papo aconteceu entre Maurício Luz Farakian, Beatriz Belfort, Luciana Boschi e Leyla Nascimento. Natural do Rio de Janeiro e curitibana de coração, Beatriz Belfort iniciou a conversa abordando a questão da felicidade no trabalho, ressaltando a importância de se preocupar com a satisfação dos colaboradores e como estes precisam aprender a liderar a si próprios se desejam ser bons líderes. A co-fundadora do QUALYSUL enfatizou ainda, a importância da colaboração na construção de um ambiente de trabalho saudável e agregador. Luciana Boschi, psicóloga especializada em grafologia (estudo do significado da grafia) mostrou como que, através da análise da grafia é possível identificar traços da personalidade das pessoas, podendo até mesmo, identificar se aquele colaborador está na função correta ou não dentro da empresa. Por fim, Leyla Nascimento encerrou o debate alertando sobre o real significado de inovação, sendo esta o resultado da entrega da construção coletiva e sobre a importância do RH nas empresas, como uma área capaz de costurar as necessidades das partes interessadas de maneira estratégica, olhando para além dos números.

Para encerrar a manhã, Patrícia Nicieza, que foi a primeira Diretora de RH mulher da Avianca e responsável pelo projeto “Donas do Ar”, compartilhou sobre os desafios da mudança e quais ações foram realizadas para que a companhia aérea formasse sua primeira turma de pilotas. Para iniciar o projeto foi preciso entender a realidade da empresa e do mercado e quais ações criar em cima dos dados obtidos. Somente 1% das pessoas formadas para pilotar eram mulheres e de todos os currículos que a empresa recebia, somente 4% eram do gênero feminino. Além disso, obstáculos internos começaram a surgir à medida que o projeto tomava forma, como: “O mercado aéreo é para homens mesmo”, “Para que investir tempo nisso se precisamos contratar rápido?”, “Por que vamos dar privilégio de uma turma exclusiva para mulheres?”, “Pilotas podem ter dificuldade de integração por estarem numa turma exclusiva”, além do próprio machismo entre as candidatas selecionadas. Para conseguir transpor essas barreiras e mostrar que a missão do “Donas do Ar” ia além da contratação de pilotas, foi fundamental o apoio da presidência da Avianca: “Com o aumento do time de mulheres pilotas nós queríamos promover uma mudança de mindset dentro da empresa, influenciar outras companhias a fazerem o mesmo e levar para crianças e adolescentes por meio de palestras em escolas, o relato dessas mulheres”. O projeto foi apadrinhado pela Mônica de Souza, filha de Maurício de Souza, que desenvolveu uma logomarca com a imagem da Mônica, da Turma da Mônica e, também, pela Adriana Carvalho, da ONU mulheres. “Ao darmos oportunidade para essas mulheres, nós criamos uma equipe diversa, geramos inovação e isso, dentro de uma empresa que lida com o público por meio da prestação de serviço é fundamental”, relatou Patrícia. Recém-saída da Avianca, Patrícia afirmou que o projeto segue firme na companhia aérea e que nesse um ano de existência, a Avianca passou de 13 para 35 pilotas e se orgulha de ter sido pioneira nessa transformação.

A parte da tarde foi retomada com a palestra do Leonardo Figueira Almeida sobre Bimodalidade, mostrando os desafios que enfrentamos ao estar vivendo duas realidades ao mesmo tempo, do analógico e do digital. Ele ainda alertou para a compreensão do digital, dos rastros deixados nos aplicativos e sites utilizados e como esses dados são utilizados pelas empresas.

Seguido à palestra de Leonardo, aconteceu a segunda roda de bate-papo do dia, facilitada por Rafael Ponzi, Publicitário e Diretor do Clube do Empreendedor. Essa rodada contou com as falas de Marco Guanaes, Patrícia Nicieza e Leonardo Figueira Almeida. Ponzi começou a discussão afirmando “o empreendedorismo é a nova Revolução Industrial” e que em vez de funções mecânicas, haverá um foco maior no trabalho da emoção e do pensamento, habilidades essencialmente humanas. Patrícia Nicieza acrescentou “hoje, o colaborador não está preocupado com o retorno financeiro e, sim, com suas necessidades e seus propósitos. As organizações precisam valorizar as individualidades se quiserem absorver a nova geração de profissionais que está se formando”, afirmou Patrícia.   Marcos Guanaes, um dos investidores responsáveis pela propulsão de startups como Orion Group e Fricroft, falou sobre o ato de empreender e a importância do empreendedor ter ciência do diferencial do seu negócio e que, muitas vezes, é melhor investir num negócio não tão bem estruturado e que tem um empreendedor disposto do que em um excelente negócio com um líder que não acredita na própria ideia. Leonardo completou o debate dizendo que a hora certa de empreender é a partir do momento que se identifica uma oportunidade, não existe o momento ideal.

O evento encerrou com uma palestra sobre gestão de marketing pessoal através do LinkedIn, mídia digital focada em experiências profissionais, ministrada por Vera Lorenzo, CEO da Fala Idiomas e realizadora do projeto “50 coisas para fazer antes dos 50”, que se tornou livro. Vera mostrou para os presentes a importância de se trabalhar a persona do profissional e como uma página bem gerida pode impulsionar a carreira.