Celebrado em 27 de setembro, o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos visa conscientizar a população sobre a relevância dessa ação de empatia e de solidariedade. A data é importante, em especial, para os pacientes renais, pois muitos recorrem ao transplante como uma opção de tratamento. Atualmente, há mais de 31.500 pessoas na lista de espera para realizar o procedimento no país.

A fim de fazer um raio-x sobre o transplante renal no Brasil, ressaltando a importância da doação de órgãos e a seriedade do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), entrevistamos a Dra. Cláudia Fagundes, Nefrologista Coordenadora – Transplante Renal Rede D’or – Rio de Janeiro, e o Dr. Ricardo Ribas, Urologista – Responsável Técnico – Programa de Transplante Renal Rede D’or. Confira.

Raio-x do transplante renal no Brasil

Dra. Cláudia Fagundes explica que o transplante renal é a melhor opção terapêutica para o paciente com doença renal crônica avançada. “A demanda é alta frente aos números baixos de doação de órgãos. Portanto, é crucial estimulá-la, conscientizando a população e os próprios profissionais de saúde sobre a importância desse gesto de solidariedade”, afirma.

Segundo a nefrologista, com a elevação da expectativa de vida e o consequente envelhecimento da população, é possível observar um crescimento no número de pacientes em programas de terapia de substituição renal (hemodiálise e diálise peritoneal). “Nesse sentido, cada um de nós pode vir a precisar de um transplante. Hoje em dia, mesmo com o aumento da doação, a escassez ainda é grande”, pontua.

Sistema de doação de órgãos brasileiro: por que posso confiar?

De acordo com Dr. Ricardo Ribas, o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é um órgão do governo federal comprovadamente idôneo na gestão do processo de doação e transplante no país. “Cabe ressaltar que a lista de espera é auditada por instituições de regulação. A alocação é gerida por um sistema federal informatizado com normas previstas em lei e cada órgão possui critérios específicos de distribuição. Por exemplo, o fígado é por gravidade; para o coração e pulmão é relevante que o peso e altura do receptor sejam próximos a do doador; e, no rim, necessário verificar a compatibilidade genética. Trata-se, portanto, de processo transparente, auditável, não havendo dúvidas quanto à credibilidade”, reforça.

Como ser um doador de órgãos?

No Brasil, a autorização para a doação de órgãos é concedida pelos familiares. Dessa forma, caso haja vontade de ser um doador, é de extrema importância que avise a sua família sobre essa decisão. Todos podemos ajudar e participar desse ato de amor e solidariedade! Compartilhe esse tema com os seus amigos e familiares. Transmita a mensagem e divulgue informações verídicas, de fontes oficiais, acerca do tema.

Produção realizada pela Usina da Comunicação para o site da Fresenius Medical Care