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Amanda Storck, Gerente de futebol feminino do Fluminense Football Club

Dia Nacional do Futebol

No próximo domingo, dia 19 de julho, será comemorado o Dia do Futebol. Uma paixão nacional e responsável por mudar a vida de tantos jovens. A data foi escolhida por conta da fundação do time mais antigo do país, o Sport Club Rio Grande, da cidade de Rio Grande (RS), em 1976. “Que coisa linda é uma partida de futebol”, trecho da música “É uma partida de futebol”, da banda Skank, diz muito sobre o sentimento caloroso com a modalidade.

Durante a pandemia da COVID – 19, que no Brasil já dura mais de quatro meses, o futebol foi um dos segmentos mais afetados. Com isso, as partidas dos campeonatos estaduais, que aconteciam naquele período, foram temporariamente canceladas. No entanto, em alguns estados, depois de uma longa discussão entre times e órgãos estaduais, as partidas retomaram, como é o caso do Rio de Janeiro, Ceará e Santa Catarina que, após seis dias, parou novamente por conta do avanço da pandemia entre os clubes e por falta do cumprimento de protocolos médicos. Os quatro maiores times cariocas mostraram opiniões contrárias em relação à essa retomada. Enquanto Fluminense e Botafogo se posicionaram contra a volta do campeonato, Flamengo e Vasco foram a favor. No Rio, o primeiro estado brasileiro a retomar as atividades, o campeonato estadual reiniciou no dia 18 de junho, quando o estado registrou o número de quase nove mil mortes por coronavírus.

Futebol feminino: Resistência e barreiras quebradas

Porém, pouco  é discutido sobre o futebol feminino, os times compostos por mulheres não contam com a mesma notoriedade do que os masculinos. Essa modalidade do futebol foi regulamentada somente em 1983, quando elas conquistaram a permissão de competir, criar calendários e jogar em estádios.

Com a pandemia, o futebol feminino também foi muito afetado e precisou adaptar a rotina de treinos para que os prejuízos não fossem ainda maiores. Até o momento, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não divulgou o calendário da retomada das competições femininas.  Amanda Storck, Gerente de futebol feminino do Fluminense Football Club, conta que as atletas do time carioca continuaram fazendo seus exercícios diários com auxílio da plataforma on-line zoom. Para a gerente, no time tricolor, a pandemia atingiu homens e mulheres da mesma forma. “Os protocolos foram os mesmos para o feminino e o masculino. Nosso espaço é menor por outras questões que não estão ligados diretamente à pandemia. O Futebol Feminino é um produto ainda em desenvolvimento, ele ficou 40 anos proibido no Brasil. Agora estamos trabalhando para correr atrás desse atraso”, conta Amanda.

Além da discussão que girou em torno da volta das partidas, no Rio de Janeiro foi cogitada a volta das torcidas nos estádios para o dia 10 de julho, mesmo que de forma reduzida. A conversa não foi adiante e os jogos continuam sem público. Para Amanda Storck, ainda é cedo pensar em partidas com a presença de torcedores. “Essa volta antecipada aqui no Rio de Janeiro representa um erro. A pandemia ainda está forte. Assim, a volta programada, com todos os protocolos de proteção sendo seguidos é (será) uma vitória. Essa crise passará e o esporte prevalecerá”, conclui.