Na última segunda-feira, 04, o Facebook, o Instagram, o WhatsApp e o Messenger ficaram fora do ar por cerca de sete horas. O tema foi o assunto mais comentado no mundo pelo Twitter, onde pessoas relataram os danos causados pela queda das redes sociais em suas rotinas.
Para as marcas e para os profissionais que utilizam as plataformas como ferramentas de trabalho, a pane foi ainda mais preocupante. Algumas lojas, por exemplo, utilizam o WhatsApp, o Messenger ou as Mensagens Diretas do Instagram para atenderem seus clientes e, com o problema, a comunicação padrão não foi possível, e foi necessário pensar em alternativas para diminuir os estragos.
Há empresas, inclusive, que priorizam utilizar as redes do Mark Zuckerberg para centralizar o relacionamento com o cliente ou para realizarem a divulgação dos seus serviços e produtos. Com isso, os cronogramas foram impactados e os profissionais precisaram readaptá-los.
Queda gerou elevação dos preços para os anúncios
As campanhas e os anúncios presentes no Facebook e no Instagram também foram pontos afetados com o bug, pois o material anunciado não conseguia ser exibido ao público-alvo. Para que as marcas obtenham os resultados previstos inicialmente, será necessário, possivelmente, que se invista em mais propagandas, o que irá gerar um custo maior às empresas.
Além disso, os horários passaram a ser mais disputados logo após o retorno das redes, visto que o número de usuários interessadas no mesmo período foi maior. Isso resultou em um aumento no valor dos anúncios, impactando no planejamento criado por empresas e agências de comunicação, que precisarão, agora, rever suas estratégias para alcançar seus objetivos.
Esse problema pode, inclusive, continuar por mais tempo do que o esperado. Hoje, 08, o Instagram voltou a apresentar instabilidades, segundo o G1. O episódio intensifica o problema criado há quatro dias e é capaz aumentar ainda mais o valor desses anúncios.
Como enfrentar futuros problemas?
Atualmente, Mark Zuckerberg é dono de quatro das cinco redes sociais mais utilizadas no Brasil, de acordo com a pesquisa Digital 2021, realizada pela We Are Social em parceria com a Hootsuite. A crise enfrentada pelo Facebook trouxe à tona um debate importante sobre a comunicação digital e sobre as redes sociais: atualmente, a empresa norte-americana é responsável por um monopólio de redes, o que preocupa internautas e especialistas.
Com a queda das plataformas, foi possível entender a situação em que o mundo se encontra no momento, onde maior parte de sua comunicação está centralizada em apenas um lugar e sob um só domínio.
Pensar em uma mudança de cenário a curto prazo é pouco provável. Afinal, não é prático, sequer rentável, imaginar uma mudança de rede social e abandonar bons resultados e uma grande audiência. Por isso, as empresas precisam estar mais preparadas para passar por momentos como esse. É necessário, por exemplo, planejar canais de comunicação alternativos/próprios para minimizar os estragos causados por panes digitais.
Uma possibilidade também é utilizar outras redes sociais, como o Twitter ou o Telegram, ou criar um banco de dados, seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados, onde será possível armazenar informações de clientes para seguir uma comunicação à moda antiga: através de mensagens de texto, ligações ou e-mail. Essas opções são alternativas possíveis caso seja necessário lidar com mais um apagão do Facebook.