Se comunicar vai muito além do simples ato de falar. É uma habilidade que o ser humano precisa desenvolver caso deseje transmitir melhor suas ideias, criar conexões com pessoas e ser compreendido de maneira efetiva. Com isso, ter uma comunicação não-violenta (CNV) proporciona diversos benefícios, tanto para o lado pessoal, quanto profissional. 

De acordo com o livro “Comunicação não-Violenta”, de Marshall B. Rosenberg, o CNV se baseia na capacidade de nos mantermos humanos, mesmo nas mais variadas situações. “Nos ajuda a reformular a maneira pela qual nos expressamos e ouvimos os outros. Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes” (ROSENBERG, Marshall, 2006, p.21/22).

Essa forma de se comunicar busca não apenas melhorar as habilidades de diálogo, mas também fazer com que o indivíduo saiba agir nas mais variadas ocasiões, seja para se comportar de maneira respeitosa em frente a um grupo, ou para solucionar conflitos ou, ainda, para aumentar a conexão com o próximo.

Comunicação não-violenta dentro das organizações

Segundo pesquisa desenvolvida pela Harvard Business Review, em 2020, 69% dos gestores entrevistados afirmam que não se sentem confortáveis para se comunicarem com as suas equipes. É possível, então, compreender que há uma necessidade de melhorar a comunicação entre os profissionais.

Dentro de uma organização, a CNV proporciona um melhor diálogo entre os colaboradores, promovendo as relações de parceria e cooperação entre todos. Ao criar um ambiente de trabalho mais harmonioso, os profissionais tendem a se sentirem parte de um mesmo time, contribuem para o aumento da produtividade e para o melhor desempenho das áreas.

Além disso, melhorar a forma de se comunicar e agir perante os colegas de profissão, permite que conflitos sejam solucionados de maneira mais rápida e eficaz, assim como, a partir da empatia e da cooperação, é possível chegar a um acordo que seja positivo para todos.

5 dicas para implementar a comunicação não-violenta na sua empresa

1 – Faça um diagnóstico da comunicação

É preciso entender como os colaboradores se relacionam uns com os outros. Por isso, aposte em pesquisas de clima organizacional, entrevistas e análises de feedbacks dos profissionais.

2 – Comece a mudança a partir da liderança

A mudança deve partir de quem está em um nível organizacional superior. Com isso, os gestores e líderes precisam se comprometer em aplicar a comunicação não violenta, guiando suas equipes e criando relações de confiança.

3 – Invista em conteúdo e treinamentos

Essa nova cultura não acontece da noite para o dia, por isso, é necessário investir em conteúdos para desenvolver a CNV, incentivando a capacitação ao trazer exemplos práticos para a rotina, assim como, treinamentos são sempre bem-vindos.

4 – Valorize a escuta corporativa

Crie ambientes em que os colaboradores possam se comunicar, dando ideias, dicas e, também, fazendo críticas. Vale apostar em canais de comunicação para monitorar a opinião das equipes, resolvendo possíveis conflitos e facilitando as relações.

5 – Crie ambientes colaborativos e seguros

Aposte na criação de espaços sem barreiras, garantindo que todos possam se comunicar e tenham acesso às informações da companhia. Além disso, invista em softwares de relacionamento, onde aproxima os colaboradores apesar do home office.