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Companhias devem se adequar para a chegada da nova lei de privacidade

Follow-up com as redações, disparo de e-mail marketing e captação de leads são ações que fazem parte do dia a dia do profissional de comunicação. Essas práticas estão prestes a serem impactadas com a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O objetivo da LGPD é regular as atividades de tratamento de dados pessoais, respeitando a privacidade, o direito à expressão, o acesso às informações pessoais do cidadão etc. Nesse sentido, há uma expectativa de aumento na confiança, tanto na coleta como no uso de tais dados.

A novidade, prevista para entrar em vigor dia 20 de agosto, é inspirada no modelo europeu que pratica medidas de privacidade desde 2016, com o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD).

Segundo o estudo do Brazil IT Snapshot, apenas 17% das instituições ouvidas praticam ou planejam iniciativas concretas. O estudo mostra também que somente 24% possui orçamento destinado aos projetos de proteção de informações.

Como a utilização de dados é muito comum na área da comunicação por conta de preenchimento de formulários, negociação de mailings jornalísticos, campanhas e ações digitais, por exemplo, a adoção de medidas técnicas e administrativas de segurança devem evitar o uso indevido de conteúdos fornecidos por clientes, assim como o preparo para lidar com sanções administrativas, em casos de violação. Vale lembrar que as companhias que não fizerem uso das boas práticas de privacidade poderão sofrer multa de até 50 milhões de reais por incidente.

A Lei mapeia e responsabiliza todos – controlador e operador – que participam do fluxo de coleta de informações. Todo esse cuidado tem o claro objetivo de proporcionar uma experiência saudável aos usuários, fazendo com que fiquem ainda mais à vontade no ambiente da web.

Nós, de agências de comunicação, teremos que estudar a Lei e reavaliar nossos processos para garantirmos o uso saudável das informações. Será necessário aprendermos e educarmos os clientes. Capacitação da equipe, revisão de contratos com especialistas e uso de boas práticas também serão medidas necessárias. O caminho não será fácil, mas não tem volta. Comunicação segura é tendência de mercado.

Confira algumas regras aplicadas aos veículos e agências de comunicação:

  • Transparência
    Deixar evidente quais dados serão coletados e como serão utilizados;
  • Minimização da coleta
    Coletar apenas as informações necessárias para as atividades anunciadas;
  • Segurança
    Realizar ações que evitem o uso ilícito de dados;
  • Tecnologia
    Utilizar ferramentas e softwares que facilitem o tráfego das informações adquiridas;
  • Canal de atendimento

Informar os caminhos acessíveis para visualizar cadastro, assim como desfazer e excluir nomes de listas e assinaturas.