A mudança de colégio para crianças e adolescentes costuma ser uma pedra no sapato. Geralmente, já estão bem adaptados a escola atual. Por lá, têm seus grupos de amigos, conhecem bem os professores, a filosofia e cada canto do colégio. Mas no meio desta caminhada pode surgir a necessidade de transferência por conta de diferentes motivos: os pais buscarem um colégio mais forte, mudança de bairro ou cidade ou até mesmo de ordem econômica, em função da situação delicada do país.
O novo traz ao ser humano o medo e com as crianças e os adolescentes não é diferente. Portanto, os pais envolverem os filhos no processo de mudança é fundamental. Outro aspecto relevante, os pais precisam deixar claro que as amizades do antigo colégio podem ser preservadas.
“A nova escola é sempre instigante, a novidade traz sempre sentimentos como insegurança, apreensão e medo. Sentimentos muito comuns às crianças e aos adolescentes. Uma dica importante para os pais é envolver os filhos no processo, ir a nova escola com os filhos, buscar a lista de materiais e ir às compras desses materiais. Conscientizar os filhos da importância desta mudança, porém deixar claro que as amizades podem ser mantidas, mesmo em escolas diferentes. O objetivo da troca deve estar em comum acordo: aluno e responsáveis, pois caso não esteja a adaptação pode não acontecer”, aconselha o professor e diretor do Colégio Força Máxima, Tiago Martins.
Em muitos casos, o novo colégio é mais puxado comparado ao anterior e o aluno, naturalmente, sente tal diferença. Há uma maneira de superar esse obstáculo sem sofrimento?
“Todo o processo de adaptação deve ser feito com acompanhamento da coordenação e dos professores da nova escola, assim as dificuldades serão observadas rapidamente. O acompanhamento diário é a melhor solução para que não haja ansiedade”, explica Martins.
A falta do colégio antigo
Na nova jornada o grupo de amigos ainda não é como o de antes, sobretudo na adolescência isso é comum. Segundo o professor e diretor do Colégio Força Máxima, paciência é a palavra-chave para superar a falta da antiga escola. Além disso, participar de forma assídua nas atividades extras é uma ajuda e tanto.
“A primeira e mais difícil dica: seja paciente. As amizades não são construídas em dias, levam um tempo. Assim como as amizades da escola anterior levaram um certo tempo para serem construídas, as novas também levarão. Os pais não devem se apavorar e considerar o retorno a escola antiga por esta razão. O importante é estimular a participação nas atividade do novo colégio, principalmente, as atividade extras: competições, viagens e projetos em grupo. Essas atividades são o atalho para uma melhor adaptação”.
Tiago Martins também destaca a importância dos pais manterem um diálogo com a coordenação do colégio. “É essencial. Não para a integração ser feita pela coordenação, mas para a coordenação ficar atenta às dificuldades iniciais da adaptação. E como já foi dito, estimular a participação do novo aluno nos projetos extras. Essa é a maneira mais efetiva para um rápido resultado”.
Adaptação na educação infantil
No momento dos pais levarem seus filhos para a creche/escola é um período difícil, pois até então as crianças conviviam no dia a dia apenas com os pais, avós, familiares e amigos próximos. É um laço que se rompe.
Para Martins nenhum pai vai deixar de sentir esta mudança. O processo é para todos, pais e filhos. Em geral os filhos se adaptam mais rápido que os pais. Porém, algumas dicas podem amenizar a mudança, criando uma fase de transição. Muitas creches já utilizam a semana de adaptação, que consiste em visitas a creche com a permanência dos pais e a cada dia a criança vai aumentando o tempo de permanência. Desta maneira, cria-se um laço gradual entre as “novas tias” e a criança. Não há um padrão, cada criança reage de uma maneira e o tempo pode variar. É importante controlar a ansiedade e apoiar a ida da criança e nunca deixá-la perceber insegurança, os pais devem sempre motivar as crianças que a creche é o melhor para elas.
A fim de escolher a creche ou escola certa, os pais, sobretudo os marinheiros de primeira viagem, precisam atentar para alguns pontos relevantes. Muitas vezes escutamos que a escola/creche “não é boa”, mas em inúmeras oportunidades foi uma escolha ruim dos pais. A escola é uma extensão da casa, logo as crenças devem sempre estar em harmonia, caso contrário não será produtivo para ninguém.
“Valorize mais as pessoas. Se uma creche possui excelente estrutura, mas não agrada na parte humana, escolha sempre os melhores profissionais. Eles farão a diferença na vida das crianças. Todas as técnicas, metodologias, devem ser aplicadas com sentimento. Pode parecer piegas, mas é impossível falar de educação infantil sem falar de carinho e amor e isso é o diferencial de qualquer creche”, salienta o professor e diretor do Colégio Força Máxima.
Quer saber mais sobre o tema?
Confira a participação do Força Máxima no Jornal O Dia. A inserção na imprensa foi resultado do trabalho de Assessoria de Imprensa: