Com estreia marcada para o próximo dia 14 de fevereiro, o filme Madame Teia, da Sony Pictures, é marcado pelo protagonismo feminino. Estrelado pela atriz Dakota Johnson, o longa tem direção de S. J. Clarkson, conhecida por inúmeras produções audiovisuais.
As profissionais estiveram no Rio de Janeiro para divulgação do filme. No evento, elas receberam um grupo de seis cineastas formadas na Instituição Sociocultural Cinema Nosso, que está sempre pautado pela luta antirracista, e tem programas voltados ao empoderamento feminino, com formações na área do audiovisual. O encontro foi promovido pela Sony Pictures Action, pilar da Sony voltado para projetos de diversidade e inclusão.
Durante o encontro, no Hotel Fasano, na Zona Sul carioca, as estudantes tiveram a oportunidade de encontrar com a intérprete de Cassandra Webb para uma sessão de fotos, fazer perguntas à diretora britânica e ouvir da profissional experiências sobre atuação feminina nesse segmento.
De acordo com Luana Garcia, cineasta formada na Instituição, a chance foi muito proveitosa, pois proporcionou uma oportunidade que, para elas, dentro das perspectivas e referências que têm, às vezes seria inimaginável. “É ótimo ter uma conversa como essa e, assim, conseguir ouvir a experiência de uma pessoa que tem oportunidades muito diferentes das nossas, mas que também, ao mesmo tempo, enfrenta muitos desafios numa indústria que ainda é muito dominada pelos homens. Além disso, é bom para entender quais os caminhos traçados por ela e como conseguiu encontrar confiança. É muito inspirador”, comentou Luana.
Mulheres lutam para quebrar barreira no audiovisual
Durante o bate-papo com o grupo, S. J Clarkson falou sobre a forte atuação dos homens no segmento. “O universo da direção é bastante masculino. Algumas mulheres têm conseguido quebrar essa barreira, penetrar e atuar nesse espaço. Ao longo da minha carreira, principalmente no início, tive alguns obstáculos, mas, me preparei muito. Toda a experiência de tudo que já dirigi até hoje, me trouxe até aqui. Foi muito uma construção da profissional que sou para chegar à situação atual e atuar como acho que tem que ser”, diz a diretora. Na visão dela, o que lhe trouxe a oportunidade de dirigir Madame Teia foi seu trabalho na série Jessica Jones.
Encontros democratizam troca de saber
A diretora de vendas da Sony Pictures Brasil, Danielle Bonatto, analisou o encontro: “O cinema está voltado ao entretenimento, porém com essas ações, buscamos fazer algo mais denso, criando outros canais de possibilidades, pois existem muitas pessoas que estudam, se preparam, mas não têm a chance nesse mercado”.
Sobre o Cinema Nosso
Fundado em 2000, por sete jovens periféricos a partir da experiência do filme “Cidade de Deus”, a instituição sociocultural Cinema Nosso é, hoje, um centro de inovação e tecnologia que oferece iniciativas para crianças e jovens, com ênfase em programas de empreendedorismo e empregabilidade.
A Organização atua com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e proporcionar experiências de inclusão para a produção de narrativas juvenis, fomentando a cadeia produtiva do audiovisual no Brasil.
A instituição possui prêmios como o Impactos Positivos 2023 e o Prêmio Itaú-Unicef. Conta também com metodologia premiada e certificada no “Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2019”, é aliada ao movimento STEAM, e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para a Agenda 2030.