Você está visualizando atualmente Cárcere sem Fábrica: Escritos em homenagem a Massimo Pavarini
CAPA_ABERTA_CarcereSemFabrica

Cárcere sem Fábrica: Escritos em homenagem a Massimo Pavarini

Cárcere sem Fábrica: Escritos em homenagem a Massimo Pavarini”, da Editora Revan, reúne 17 textos de diversos autores ligados ao italiano. A organização ficou por conta dos pesquisadores brasileiros André Giamberardino, Rodrigo Duque Estrada Roig e Salo de Carvalho e com prefácio da viúva Pirchia Schildkraut Pavarini. Além disso, o texto de abertura é de autoria do homenageado e que dá nome à coletânea e os diversos temas tratados tangenciam também o direito penal e o direito processual penal, que têm por fio condutor a abordagem crítica e comprometida com a defesa do Estado de Direito.

O objetivo dos organizadores, todos com a trajetória marcada e influenciada pelo professor Pavarini, é chamar atenção para a expressão “cárcere sem fábrica”, uma metáfora sobre a dissociação, nos dias de hoje, entre a pena de prisão e o objetivo de “converter o preso em um trabalhador disciplinado”, indicando uma das principais transformações da experiência punitiva no final do século XX. A metáfora dialoga com o título de uma das obras mais conhecidas de Massimo Pavarini, “Cárcere e Fábrica“, escrita em coautoria com Dario Melossi na década de 70 sobre a gênese da instituição penitenciária, na qual evidencia a simbiose fábrica/cárcere, que fundiu essas instituições em uma unidade arquitetônica punitiva/produtiva, com a fábrica construída como cárcere, ou o cárcere erigido em forma de fábrica.

“Cárcere sem fábrica” era uma expressão que vinha sendo muito utilizada pelo homenageado na fase final de sua vida, transformando-se em uma síntese de seu percurso acadêmico. Professor em Bologna, Massimo era um especialista apaixonado e apaixonante, que influenciou diversos estudiosos, inclusive brasileiros e latino-americanos. Assim como o autor Alessandro Baratta, o italiano desenvolveu uma forte relação acadêmica com docentes e discentes.

Para Massimo, o crescimento da “multidão” dos excluídos – tanto do mercado de trabalho garantido, quanto do banquete assistencial oferecido por um sempre mais pobre capital social – torna, politicamente, sempre mais irrealista o projeto de uma ordem social através da inclusão. É a época do declínio miserável da ideologia reeducativa e da emergência e consequente triunfo das políticas de controle social que se fundam sobre a crença nas práxis de neutralização seletiva, inteiramente coerentes com a linguagem da guerra ao inimigo interno. Portanto: “Cárcere sem Fábrica?”; “Cárcere sem Sociedade?”. Por aquele pouco ou muito que as metáforas possam ajudar a entender, direi que sim”.

Sobre os organizadores              
André Giamberardino é professor adjunto da Universidade Federal do Paraná – UFPR e Universidade Positivo. Mestre e Doutor em Direito pela UFPR. Rodrigo Duque Estrada Roig é professor do curso de Pós-Graduação em Ciências Criminais e Segurança Pública do Centro de Estudos e Pesquisas no Ensino do Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Mestre em Ciências Criminais pela Universidade Cândido Mendes e Doutor em Direito Penal pela UERJ. E, Salo de Carvalho, professor adjunto de Direito Penal e Criminologia da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutor pela UFPR.

Ficha Técnica   
Editora:
Revan 
Preço:
R$ 68.
Organizadores:
André Giamberardino, Rodrigo Duque Estrada Roig e Salo de Carvalho              
ISBN:
9788571066304
Idioma: Português        
Edição:
1ª          
Encadernação:
Brochura
Número de Páginas: 300            
Formato:
16 X 23 X 1
Site: www.revan.com.br