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Atualizações no Instagram: confira as últimas novidades

Mudanças no algoritmo trarão novidades para usuários do aplicativo

Se você esteve atento às redes sociais nas últimas semanas, já deve ter visto diversas publicações com informações sobre as mudanças do Instagram. O tema viralizou após Adam Mosseri, Head do aplicativo, anunciar a implementação de algumas novidades na plataforma. A principal delas é o foco em vídeos de entretenimento, algo que já tem feito muito sucesso dentro do aplicativo. No entanto, tal notícia gerou uma dúvida para os usuários: e, agora, o que serão dos outros tipos de conteúdo? Para responder a  essa questão, é preciso visitarmos a trajetória que nos fez chegar até aqui.

Nos últimos anos, vimos o Grupo Facebook crescer e se tornar um monopólio. Ano após ano, a empresa foi “engolindo” novos concorrentes que apareciam no caminho. Em 2013, por exemplo, a empresa de Mark Zuckerberg comprou o Instagram. No ano seguinte, foi a vez do WhatsApp entrar para a lista. Hoje, segundo o site Resultados Digitais, quatro, das cinco redes sociais mais utilizadas no mundo são do Facebook, que inclusive aparece em primeiro lugar. A empresa já estava acostumada a se inspirar no que já fazia sucesso e inserir em suas plataformas, como uma maneira de diminuir os impactos da concorrência.

Aprendendo com os concorrentes

Você se lembra do Snapchat? O app fez sucesso por disponibilizar vídeos curtos e imagens que desapareciam depois de algumas horas, algo inédito na época. O resultado dessa inovação foi a conquista de números estrondosos, e um ótimo posicionamento no ranking das redes mais utilizadas. Em 2016, o Instagram foi lá e lançou o ‘Story’, ferramenta com as mesmas funções do Snapchat, confrontando de frente com o aplicativo de vídeos e imagens instantâneos.  O feito deu muito certo e fez com que a concorrência deixasse de lado vários países, inclusive o Brasil.

No mesmo ano, surgiu na China mais uma rede social inovadora. O Douyin, conhecido no Brasil como TikTok, é 100% focada em vídeos, como o YouTube, mas o diferencial está na posição: os vídeos são gravados na vertical. Em 2018, ele foi lançado para o mundo, com o nome que conhecemos, e balançou o mercado das redes sociais, onde já conta com cerca de 700 milhões de usuários no mundo. Esse sucesso resultou na ‘tiktoketização’, como foi chamado o movimento pelos especialistas. As plataformas decidiram, então, se inspirar no modelo chinês e lançar suas versões, como o Reels, do Instagram, e o Shorts, do YouTube.

Foi a partir do surgimento desse concorrente que o Facebook entendeu que precisava se adaptar para continuar no topo. De acordo com Luis Paulo da Silva, Diretor Executivo da M2BR Academy, a mudança do Instagram criará uma tendência onde serão produzidos mais conteúdos nesse formato. “É possível que tenhamos uma distribuição maior do tempo de tela, sendo compartilhado com vários apps e não somente em um ou apenas os do Grupo Facebook, que foi dominante durante muito tempo”, explica o especialista.

Foco em vídeos não é novidade

Desde o surgimento do Snapchat, os vídeos conquistaram seu espaço dentro do mundo mobile. Se antes era algo exclusivo do YouTube, criar conteúdo em vídeo, atualmente, pode ser realizado em qualquer plataforma. No entanto, desde o surgimento do TikTok, a produção de vídeos curtos de entretenimento aumentou drasticamente. Hoje, é possível encontrar, com facilidade, perfis no Instagram onde aproximadamente 80% das publicações dos últimos três meses são em formato de vídeo. As mudanças da rede, dessa forma, são apenas para seguir o consumo dos usuários, que já focam nesse tipo de conteúdo.

“As atualizações do app aumentarão o volume de conteúdos audiovisuais entregues para o público, mesmo que a pessoa não siga essa conta. Isso já ocorre no Reels e agora será adicionado no feed do app”, explica o diretor da M2BR Academy.

O fim das fotos no Instagram?

 Há algum tempo, vemos criadores de conteúdo reclamarem do seu alcance no Instagram. Isso se dava por conta de um algoritmo com constantes atualizações, que tentava se adaptar a essa nova modalidade de consumo. Dessa forma, a atualização ajudará na resolução desse problema, uma vez que o algoritmo contará com melhorias.

No entanto, mesmo com as mudanças, esse não é o fim dos outros tipos de conteúdo no Instagram. O diferencial para obter melhores resultados continua sendo um conteúdo de qualidade. Para Luis Paulo, independentemente do formato, quanto melhor e mais original o conteúdo, mais alcance e engajamento o mesmo terá.

As marcas estão atentas

 Uma das mudanças previstas para ocorrer é o foco no avanço da ferramenta Shopping, que permite marcar produtos em conteúdos na plataforma. Essa decisão foi influenciada pela pandemia, que acelerou o mercado de vendas on-line e criou clientes fiéis, como mostra a Pesquisa Shopper Story Brasil 2020, realizada pela Criteo. Nos dados obtidos pelo relatório, 56% dos brasileiros pesquisados compraram em canais de e-commerce pela primeira vez durante a pandemia.

Entre os entrevistados, 94% afirmaram que continuarão comprando on-line depois que a normalidade for estabelecida. Agora, as empresas, sejam elas grandes ou pequenas, já estão atentas à essa atualização. Com a ferramenta recebendo maior atenção, a chance de conversão para vendas através do conteúdo publicado na rede aumenta, fazendo com que o Shopping se torne um grande aliado.

Além disso, uma estratégia que será ainda mais comum são conteúdos criativos e diferentes, para atrair a atenção do público e fazer com que as publicações alcancem mais pessoas. Mesmo que assustem, as mudanças acontecerão com o objetivo de beneficiar parte dos usuários. O ideal agora, como criador de conteúdo, é estar aberto para as novidades e preparado para surfar em novas ondas virais que ainda aparecerão.