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O conhecimento da Língua Brasileira de Sinais é primordial na formação de uma sociedade mais diversa (Imagem: Adobe Stock)

A importância do estudo de libras nas escolas

Vinte e quatro de abril é o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A data tem como propósito fomentar o uso e a regulamentação desta forma de comunicação utilizada pela comunidade surda. Tal linguagem é uma importante ferramenta de inclusão social. Muitas escolas já largaram à frente e estão atentas ao assunto diversidade em seu dia a dia.

Além das matérias tradicionais, o Elite Rede de Ensino tem em sua grade disciplinas eletivas, “Aprendendo Libras”. Esse é o primeiro ano da matéria na escola a pedido dos próprios estudantes. Após uma enquete para a oferta de novos conteúdos, Libras apareceu entre as disciplinas mais votadas pelos alunos.

Amanda Mussauer, coordenadora de inovação do Elite, salienta a importância do ensino da Língua Brasileira de Sinais. “O Brasil é um país que possui uma segunda língua e poucos sabem disso, a Libras. Essa é uma forma de comunicação de toda uma população, os surdos. Enquanto escola temos de pensar em formas de incluí-los em toda a sociedade. Portanto, ensinamos os nossos alunos não surdos a se comunicarem com eles. Não há mais espaço para deixá-los invisíveis”.

No ano de 2022, a disciplina foi oferecida para o 9º ano do Fundamental II. A partir de 2023, as demais séries também terão acesso ao curso. “A resposta dos alunos tem sido bastante proveitosa. Eles estão bem animados. As eletivas são extremamente importantes na formação dos alunos”, afirma Amanda.

Conhecimento incipiente pelo Brasil

A Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE de 2019 mostra que o conhecimento da Língua Brasileira de Sinais ainda é incipiente entre pessoas de cinco anos de idade ou mais que referiram dificuldade permanente para ouvir. De 10.787.000 apenas 284 mil sabem usar libras, o que corresponde a 2,6%. Considerando os que não conseguem ouvir de modo algum, o percentual de uso é de 35,8%. Ou seja, de 198 mil que não conseguem ouvir nada, só 71 mil possuem conhecimento da linguagem. O número total de pessoas com deficiência auditiva no país é de 2.330.000.

“Aprender libras me fez perceber, que mesmo no século XXI, ainda existe exclusão dos deficientes. Eles sofrem bullying, são deixadas de lado nas conversas e têm um número limitado de escolas que podem recebê-las. São privados de muitas coisas. Gosto de aprender essa língua e estou disposta a lutar por essa causa”, conta Victória Resende, aluna do Elite. Beatriz Araújo endossa as palavras da companheira de escola. “Já passei por uma situação que me senti mal, não consegui me comunicar com uma colega que é deficiente auditiva. Quando tive a oportunidade de fazer a eletiva de Libras me empolguei, pois é uma forma de introduzir essa minoria em uma sociedade que exclui. As aulas são importantes e divertidas”.

Assessoria de Imprensa: Usina da Comunicação