Os pacientes que estão internados fazendo a diálise intermitente – a chamada diálise a beira do leito – estão vivendo dias de agonia e medo em Nova Iguaçu. Eles correm o risco real de ficarem sem o tratamento de diálise em função da falta de pagamento da prefeitura deste município da baixada.

Pagamento suspenso desde setembro de 2016

A prefeitura de Nova Iguaçu tem uma dívida de R$ 1.751.136,01 com a Clínica de Doenças Renais (CDR), responsável pela hemodiálise dos pacientes agudos do município e que atende pelo SUS. O último pagamento feito pela prefeitura foi em setembro de 2016. Com esse cenário, os pacientes – que precisam da hemodiálise para viver – ficam com o tratamento ameaçado e entregues à própria sorte.

“Os municípios têm a obrigação constitucional de cuidar da saúde de seus munícipes, no entanto algumas prefeituras não têm a responsabilidade de cumprir os contratos firmados com os fornecedores que prestam serviços na área da saúde. E, lá na ponta quem sempre é penalizado são os pacientes. A vida das pessoas valem muito pouco para alguns gestores”, afirma Gilson Nascimento, presidente da ADRETERJ – Associação dos Renais e Transplantados do Estado do Rio de Janeiro.

A direção da Clínica de Doenças Renais já fez diversas cobranças à Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu a fim de solucionar a questão, mas não obteve sucesso. No dia 30 de março, a CDR enviou a terceira notificação extrajudicial. Caso as dívidas não sejam quitadas pela prefeitura, a diálise a beira do leito será paralisada em Nova Iguaçu.

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