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Rio sedia sexto campeonato brasileiro de futebol em cadeira de rodas

Campeonato Futebol de Cadeira de Roda

O sexto campeonato brasileiro de futebol em cadeira de rodas, organizado pela Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas (ABFC) será realizado nos dias 28 e 29 de outubro, no Rio de Janeiro, na Arena 2 do Parque Olímpico. Com entrada gratuita, os jogos começarão no sábado às 9h30, e irão até às 17h, já no domingo as partidas serão das 9h às 16h. Um dos objetivos da modalidade é promover a inclusão social dos jogadores.

O Power Soccer é uma modalidade paradesportiva de futebol voltada para atletas que utilizam cadeiras de rodas motorizadas. O esporte possibilita que pessoas com deficiências mais graves, como tetraplegia, distrofia muscular, paralisia cerebral, amiotrofia espinhal, mielomeningocele, pratiquem a modalidade.

Com experiência de cinco Paralimpíadas, Paulo Cruz, que já foi treinador da seleção brasileira de futebol de 7 (praticado por atletas com paralisia cerebral), é desde março o diretor técnico do Clube Novo Ser Power Soccer. Ele trouxe toda a sua bagagem e paixão pelo esporte.

“No dia a dia, os atletas que praticam o futebol de 7 se deslocam sem ajuda, são autônomos. Então, eles chegam aos treinos sem ajuda de um terceiro. Já os jogadores do Power Soccer são dependentes de outra pessoa para suas atividades. E isso impacta muito no treino. Se essa terceira pessoa também não puder ir, como consequência, o jogador não poderá treinar”, afirma Paulo.

Reconhecimento Jogos Paralímpicos de 2024

O Comitê Paralímpico Internacional ainda não reconheceu o Power Soccer como uma modalidade paralímpica. Segundo o atual presidente da ABFC, Marcos Santos, a modalidade não é reconhecida por que não atendeu alguns critérios, entre eles, a necessidade do desenvolvimento do esporte nos cinco continentes, e a África não tem.

Ricardo Gonzalez, tetraplégico, e um dos fundadores da ABFC, aposta que o Power Soccer esteja no programa dos Jogos Paralímpicos de 2024, em Paris. “Enquanto isso, estamos precisando de investimentos. Nas modalidades paralímpicas reconhecidas existem investimentos do governo. Já, para nós, os investimentos vêm da própria ONG ou de empresas de fora. É um custo muito alto para comprarmos as cadeiras de roda. Elas são importadas, e custam em média entre 8 à 9 mil dólares mais as taxas de importação”, explica Ricardo.

Soma-se as expectativas, a eleição de um brasileiro, Andrew Parsons, ex-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, como o atual presidente do Comitê Paralímpico Internacional.

O jogo

O jogo é dividido em dois tempos, de 20 minutos cada. Cada elenco é composto por oito jogadores. Sendo quatro em quadra, com três na linha e um no gol. Não existe impedimento no Power Soccer. Para o jogo ter mais fluidez, a regra é clara: a disputa precisa ser sempre entre dois jogadores contra um, não podendo ter um terceiro jogador à três metros da bola.

Os atletas não podem ultrapassar a velocidade de 10km/h com o uso da cadeira de rodas motorizadas. Uma curiosidade fica por conta da bola de futebol. Ela tem 33 cm de diâmetro, maior quando comparada à bola oficial de futebol tradicional, que possui entre 21 e 22 cm.

No campeonato brasileiro competirão os times: o Clube Novo Ser Power Soccer (primeiro time de Futebol em Cadeira de Rodas da América Latina), Adesul – Noho Power Soccer, o Blue Angels Power Soccer, o Curitiba Power Soccer e o Rio de Janeiro Power Soccer.

Atualmente, o Power Soccer é praticado em 27 países da América do Sul, do Norte, na Europa, na Ásia e na Oceania.

VI CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL EM CADEIRA DE RODAS

 Datas: 28 (sábado) e 29 (domingo) de outubro – Entrada Gratuita

Horários: no sábado, das 9h30 às 17h e no domingo, das 9h às 16h

Local: Arena 2 – Parque Olímpico. Av. Embaixador Abelardo Bueno – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro.